7 de fev. de 2012

Meditação: Os Cinco Princípios da Concentração


Durante a meditação, se queremos nos acalmar e meditar, precisamos trabalhar os nossos pensamentos e sentimentos. Fica mais fácil quando damos à nossa mente discurviva algo para fazer. Assim, a pequena mente quando recebe a tarefa concreta de focalizar um objeto de concentração. Fazemos isso para que a pessoa sagrada, que rege a consciência inata que habita dentro de cada um de nós, possa repousar na visão ampla ou mente natural.
A habilidade para focalizar e trazer de volta, deliberada e repetidamente, a atenção errante, está nas raízes da disciplina mental, da força de vontade e mesmo do desenvolvilmento do caráter. Qualquer treinamento de meditação pode ser compreendido de acordo com os seguintes princípios:

1. Domesticação
Por um momento, pense em sua mente discursiva e inquieta como um lindo cavalo selvagem. Primeiro ele precisa ser domesticado o suficiente para deixar você entrar no curral. Sua mente precisa estar disposta a pelo menos entrar na arena da meditação.

2.Treino
Nós ensinamos o cavalo a perder medo o medo daquilo que não conhece. Ele aprenderá a parar de corcovear e escoicear, em troca de segurança de um abrigo seguro e aquecido. Por fim, ele poderá galopar livremente a toda velocidade, e seus movimentos terão propósito e significado. No momento ele está aprendendo a andar com rédea firme. Na meditação treinamos a mente inquieta pra ficar lenta e relaxar.

3.Teste
Precisamos trabalhar com o cavalo, levá-lo para exercitar-se. O que acontece quando é exposto a influências externas, distrações , barulhos, tentações? Será que consequirá manter sua estabilidade e a atenção disciplinada? Ao desenvolver nossa prática da percepção, nós fazemos testes para ver se conseguimos manter a atenção plena e a concentração quando saímos do quarto de meditação para o mudo exterior.

4. Transformação
O cavalo foi transformado. Agora ele carrega seu dono por longas distâncias, em qualquer velocidade. Na meditação, não somos mais controlados por nossos pensamentos e, em vez disso, podemos usar as habilidades singulares da mente para propósitos mais elevados. Agora temos a nosso serviço o poder inesgotável da mente.

5. Transcendência
Na transcendência, cavalo e cavaleiro se tornam um só. Não há mais um “outro” separado que precisa ser domado, treinado e testado. Nós conseguimos unidade, completude e harmonia com o universo. A prática da concentração nos ajuda a retornar para a totalidade unificada que é nossa fonte. Podemos fluir com as coisas como são, sem resistências nem apegos, sabendo que somos parte do fluxo infinito… E que onde quer estejamos, esta fonte vai conosco.



Retirado do Livro: O Despertar do Buda Interior, autoria: Lama Surya Das, Editora Rocco.

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